Trabalhadoras lotam State
House em Dia de Ação
Centenas de trabalhadoras(es) lotaram ontem a State House para
reivindicar a aprovação de cinco projetos-de-leis que tratam do direito
trabalhista. Cinco trabalhadoras, a maioria sindicalizada, falaram de suas
próprias experiências. Por exemplo, Melonie Brown, 43, trabalha no BJ’s Wholesale
e tem um diploma técnico de serviços de saúde. Ela contou como tem sido difícil
trabalhar, estudar, criar três filhos muitas vezes usando food stamp e
Welfare. Melonie defendeu o aumento do
salário mínimo: “Eu nunca tive um carro, nunca tirei férias e viajei com meus
filhos. Eu gostaria de um dia ter uma casa própria”.
Ana Ynoa mora em East Boston e trabalha no
Logan com a companhia de limpeza Airways. Ela testemunhou sobre a insegurança
de suas colegas de trabalho devido à falta de um contrato. A lei, que em inglês
se chama Displaced Worker garante que nenhuma trabalhadora perde o emprego
quando um novo contrato é assinado.
Uma atrás da outra, as mulheres defenderam a aprovação de leis que, se
aprovadas, vão garantir direitos básicos para as trabalhadoras e os
trabalhadores. Estas leis são a Carta de Direitos das Trabalhadoras Domésticas,
aumento do salario mínimo, contrato responsável, direito de tirar licença
médica paga e proteção para trabalhadoras deslocadas. Vários políticos
comparecerem ao evento e manifestaram apoio às medidas. A Senadora Denise Provost,
de Somerville, incentivou os imigrantes a lutarem. “Esta Casa é de vocês,
exijam que trabalhemos para vocês”, disse.
Após os depoimentos os grupos
presentes se dividiram em dois grupos, um ficou na State House para visitar os
gabinetes dos parlamentares e reivindicar apoio, o outro marchou em direção à
Associação dos Logistas e do Walgreens, na Tremont Street, para protestar contra
comportamentos injustos. A housecleaner Valdirene Oliveira, da Cooperativa Vida
Verde, denunciou a exploração de
que foi vítima antes de ingressar na
Cooperativa. O Grupo Mulher Brasileira tem acompanhado de perto o caso de
trabalhadores recrutados por empresas intermediárias, que contratam para
grandes empresas, como o Walgreens. “Nós presenciamos o sofrimento de
trabalhadores, que não podiam arcar com o prejuízo de não serem pagos, e os
patrões simplesmente lavam as mãos e fogem da responsabilidade”, disse
Valdirene.
O Dia de
Ação na State House foi organizado em parceria, entre outros, com o Sindicato Seiu615
e a Coalizão das Trabalhadoras Domésticas de Massachusetts (MCDW), do qual o
Grupo Mulher Brasileira e o Centro do imigrante Brasileiro fazem parte,
juntamente com as organizações MataHari, WILD Institute e Centro Domenicano. A
marcha foi organizada pelo Centro do Trabalhador da região oeste e vários
grupos de apoio aos trabalhadores imigrantes.
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