Thursday, May 23, 2013


Trabalhadoras lotam State House em Dia de Ação

Centenas de trabalhadoras(es) lotaram ontem a State House para reivindicar a aprovação de cinco projetos-de-leis que tratam do direito trabalhista. Cinco trabalhadoras, a maioria sindicalizada, falaram de suas próprias experiências. Por exemplo, Melonie Brown, 43, trabalha no BJ’s Wholesale e tem um diploma técnico de serviços de saúde. Ela contou como tem sido difícil trabalhar, estudar, criar três filhos muitas vezes usando food stamp e Welfare.  Melonie defendeu o aumento do salário mínimo: “Eu nunca tive um carro, nunca tirei férias e viajei com meus filhos. Eu gostaria de um dia ter uma casa própria”.  
Ana Ynoa mora em East Boston e trabalha no Logan com a companhia de limpeza Airways. Ela testemunhou sobre a insegurança de suas colegas de trabalho devido à falta de um contrato. A lei, que em inglês se chama Displaced Worker garante que nenhuma trabalhadora perde o emprego quando um novo contrato é assinado.
Uma atrás da outra, as mulheres defenderam a aprovação de leis que, se aprovadas, vão garantir direitos básicos para as trabalhadoras e os trabalhadores. Estas leis são a Carta de Direitos das Trabalhadoras Domésticas, aumento do salario mínimo, contrato responsável, direito de tirar licença médica paga e proteção para trabalhadoras deslocadas. Vários políticos comparecerem ao evento e manifestaram apoio às medidas. A Senadora Denise Provost, de Somerville, incentivou os imigrantes a lutarem. “Esta Casa é de vocês, exijam que trabalhemos para vocês”, disse.
            Após os depoimentos os grupos presentes se dividiram em dois grupos, um ficou na State House para visitar os gabinetes dos parlamentares e reivindicar apoio, o outro marchou em direção à Associação dos Logistas e do Walgreens, na Tremont Street, para protestar contra comportamentos injustos. A housecleaner Valdirene Oliveira, da Cooperativa Vida Verde, denunciou a exploração de
que foi vítima antes de ingressar na Cooperativa. O Grupo Mulher Brasileira tem acompanhado de perto o caso de trabalhadores recrutados por empresas intermediárias, que contratam para grandes empresas, como o Walgreens. “Nós presenciamos o sofrimento de trabalhadores, que não podiam arcar com o prejuízo de não serem pagos, e os patrões simplesmente lavam as mãos e fogem da responsabilidade”, disse Valdirene.
          O Dia de Ação na State House foi organizado em parceria, entre outros, com o Sindicato Seiu615 e a Coalizão das Trabalhadoras Domésticas de Massachusetts (MCDW), do qual o Grupo Mulher Brasileira e o Centro do imigrante Brasileiro fazem parte, juntamente com as organizações MataHari, WILD Institute e Centro Domenicano. A marcha foi organizada pelo Centro do Trabalhador da região oeste e vários grupos de apoio aos trabalhadores imigrantes.



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