O Senado federal aprovou hoje, 26 de
junho, o projeto de reforma imigratória por 68 votos contra 32. Quatorze
republicanos votaram a favor. Agora o próximo passo é a Câmara Federal onde a
maioria republicana, inclusive o líder John A. Boehner, não está propensa a
aprovar o projeto do Senado ou um outro que não considerem bem mais restrito.
O projeto-de-lei aprovado no Senado
hoje prevê um longo período para a legalização, 13 anos para a cidadania e pelo
menos três níveis para imigrantes ajustar o status imigratório. “O momento é
histórico. Desde 1996 que não temos um projeto que ofereça uma caminho para a
legalização dos 11 milhões de imigrantes que vivem nos Estados Unidos à margem
da sociedade”, disse Heloisa Maria Galvão, diretora-executiva do Grupo Mulher
Brasileira. “Nós temos de nos preparar para a longa batalha na Câmara Federal.
Lá os debates serão bem mais acirrados e as tentativas de endurecimento
ilimitadas”.
Heloisa ressaltou também a
importância da decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, dia 25 último, ao
rejeitar a definição de casamento do Ato de Defesa do Casamento (entre um homem
e uma mulher). A partir de agora, casais do mesmo sexo têm os mesmos direitos dos
casais heterossexuais, inclusive podendo patrocinar seus maridos e esposas para
efeito de status imigratório.
“A semana é história por dois
motivos”, repetiu Heloisa, lembrando que a medida inicialmente contida no
projeto de
reforma imigratória, foi retirada por imposição dos
republicanos radicais. “A decisão da
Suprema Corte corrige uma injustiça e, melhor ainda, muitas famílias do mesmo
sexo vão poder se legalizar sem depender dos políticos”.
O Grupo Mulher Brasileira está
atento ao que acontece e na liderança do movimento pela reforma, continuou
Heloisa, porque faz parte de várias coalizões que lutam pelos direitos dos
imigrantes. “A atual linguagem da lei nos preocupa muito porque se for votada
como está vai beneficiar alguns apenas e vai criar um estado militar contra os
imigrantes. Mas o momento é de trabalhar juntos com todos os grupos e a
comunidade precisa entender o que se passa e precisa se levantar para garantir
uma lei justa e abrangente”.
O Grupo Mulher Brasileira já féz
uma reunião comunitária sobre a proposta de reforma imigratória aprovada no
Senado e fará outra dia 16 próximo para os trabalhadores que fazem parte do seu
Comitê de Trabalhadores. A advogada Hannah Krispim vai participar do próximo “Estação
Mulher” neste sábado, dia 29. O programa do GMB vai ao ar das 11 às 12 horas
todos os sábados pela 1300 AM.
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