Saturday, July 17, 2010

Direitos Humanos, Direitos de Todos



Por Heloisa Maria Galvão

Fim de semana en New Jersey, na Ruttgers University, para um treinamento sobre Direitos Humanos. São 21 pessoas de 14 organizações de todo os Estados Unidos reunidas em torno de uma mesa discutindo como trazer direitos humanos para o centro da discussão a nível internacional. O objetivo é disseminar o entendimento sobre o que é direitos humanos e como implementar de fato uma economia justa.

O que faz 21 pessoas ficarem trancadas em um salão de uma universidade, há pelo menos 40 minutos da civilização, durante todo um fim de semana? E um fim-de-semana de verão!

Boa Pergunta!

Como disse Oleta Fitzgerald, da Southern Rural Black Women’s Initiative for Economic and Social Justice, no Mississippi, pouca gente sabe o que são direitos humanos. “Direitos humanos são o direito à empregos, a treinamentos, à água corrente, à energia, a transporte, à educação, à moradia”.

O que acontece é que quando pensamos em direitos humanos relacionamos o termo mais a direitos legais do que a direitos básicos de sobrevivência. No entanto, nosso entendimento do significado da palavra e do que ela abrange em termos práticos muitas vezes começa dentro de casa, em nossa família e com nossa própria experiencia.

Antwar McCallie, da organiação Atlanta Public Sector Alliance, disse que aprendeu sobre direitos humanos com a mãe. Ela costumava dizer, “se suas irmãs se meterem em confusão, as defenda”. Diana Spatz, da Low-Income Families’ Empowerment through Education (Lifetime), começou a prestar atenção no significado do termo quando percebeu que não tinha direitos. Mãe adolescente, solteira, desempregada e sem ver luz alguma no final do tunel, apelou para as drogas e a bebida como forma de sobrevivência até que descobriu que, na verdade, estava sendo empurrada para a marginalidade porque o mesmo governo, que deveria proteger a ela e seu filho, era o primeiro a lhe negar os direitos básicos que poderiam tirá-la da pobreza.
Encontros como este são importantes por várias razões. São momentos que propiciam trocas de experiências. Ouvindo pessoas, que você nem sabia que existiam até aquele momento, falar de situações que muitas vezes só vemos no cinema, nos faz agir e exercer nosso direito de reivindicar.

As várias horas de discussão acabam se transformando em arma poderosa contra a mesmice e a mesquinharia e fazem nossos miolos ferver.

Stay tune, amanhã tem mais.

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